segunda-feira, maio 16, 2005

Encontro-me,
nalgum lugar do cosmo, perdida em um universo literário. Dentro de uma pequena biblioteca, de uma pequena faculdade, em uma pequena cidade.
encontro-me.

Ou perco-me? num encontro comigo mesma, depois de tanto procurar...

Me sentindo sozinha, navegando por aí. Me sentindo pequenininha, uma formiguinha.

vixi, que coisa heim?

domingo, maio 08, 2005

que máximo!

de quinta pra sexta eu dormi no acampamento dos sem-terra, foi uma experiência marcante para mim. Já aqui posso dizer (porque quando achamos que um movimento é válido, devemos mostrar o lado bonito para as pessoas, ainda mais quando elas só enxergam o lado ruim) que não acho que o mst seja 100% puro, que não existam pessoas interessadas em outros fins, que não existam pontos negativos.. não sou tão inocente assim. Mas eu acho o movimento muito válido, e que a maioria daquelas pessoas (frente de canhão) estão lutando com todas as suas forças por uma causa justa e bonita.
que elas são do caramba. como euclides da cunha retrata em "os sertões", esses sertanejos de aparência fraca, corcunda, mirrada... como homens fortes, guerreiros, que adentram sertões e conseguem se virar, eles são assim.

a questão que deu um nó em minha cabeça, e foi paradoxal demais pra mim, foi o ônibus vila esperança. Onde só tinham pessoas estagnadas, homens que venderam seus sonhos para pagar suas dívidas no banco, homens sem esperanças... que enchem a boca de razão para reclamar os minutos perdidos porque outros que estavam marchando atrapalharam o trânsito (ó consciência, permita-me não ser cética ao ponto de achar que alguém que morrer na contra-mão vai estar atrapalhando o trânsito).. e lá foram estavam aqueles, se equilibrando em pé, em um passo seguido de outro (que pouco a pouco percorrem um destino) cheios de esperanças e de sonhos querendo se realizar.

dentro daquele ônibus minha cabeça dava voltas de 360graus sei lá a que velocidade..
logo, vamos descendo desse ápse e vendo que o buraco é mais em baixo, isso é realmente triste.