terça-feira, novembro 01, 2005

Acho que voltarei escrever neste brogui com mais frequência. O espaço de tempo entre uma postagem e outra está muito grande, e tenho sentido vontade de escrever.

Sábado assisti um espetáculo muito bom: De malas prontas. No início abriram-se as cortinas e nos deparamos com o cenário, que tentava imitar um aeroporto. Em seguida começou a falar àquelas vozes que estamos acostumados a ouvir nos aeroportos, avisando que avião da pé de vento decolaria em 15 minutos, com destino à lugar nenhum. Logo depois, tocou uma música bem charmosa e foi entrando pelos corredores da platéia a artista, cheia de malas e toda na pose (mas com um penteado ridículo) em direção ao aeroporto. Permaceneu alguns instântes fazendo caras e bocas, quando resolveu olhar a placa com o horário, mas negou-se acreditar que o avião havia partido sem ela. Nisso, tocou a mesma música que dava um ar de charme e foi entrando pelos corredores a outra atriz, com o vestido igual da outra, que permanecia sentada, mas em cor diferente, com um leque, lenço na cabeça e óculos escuros. Ficaram um tempo pelejando para que enfim as duas sentassem no mesmo banco. Uma ficava passando vontade na outra e irritando-se mutuamente, sem dizer uma palavra sequer, de forma engraçadíssima, prendendo nossa atenção de forma gloriosa. Até que saíram no tapa, lambuzaram suas caras com chantilli... estavam descompostas quando o avião com destino à Nova York chama novamente. Surpresas, ficam ainda mais enfurecidas uma com a outra, trocam mais umas carícias e acendem um dinamite (que fez um barulhão e me assustou), apaga a luz e acende novamente com elas caídas sobre os bancos de pernas escancaradas para a platéia.
Não disseram palavras, a comunicação dos desejos, das sensações, era completamente nos olhos, nas expressões faciais, que fizeram com louvor. Eu e meus botões acreditamos que trata-se de um teatro do absurdo do absurdo, onde coloca o homem no seu ridículo, indo progressivamente zoando das situações que nos acontecem e retratando, é claro, de forma exagerada.
Depois fomos pro Martin Cererê, mas não consegui permanecer lá por muito tempo. Estava muito ruim, logo vim embora.

No domingo trilhei para o CETE, prédio que ano passado durante o goiânia em cena fiz oficina de percussão, rolou uma cena curta do melodrama no primeiro andar e depois subimos para o quarto, coincidentemente assistir o quarto elemento. O diretor falou-nos sobre a montagem do espetáculo e deu sinal para o atores começar. Eles desceram por escadas, tecidos e trapézios. Em poucas palavras repetidas nos resumiram a essência do espetáculo; que dizia sobre quando o amor acaba, quando recomeça "quando eu falo lembrar, eu quero dizer esquecer... eu preciso te devolver pra esquecer...". Cenas lindíssimas de um corpo se emaranhando no outro. O espetáculo retrotou as relações heterossexuais e homossexuais. Eram três atores, um homem e duas mulheres. As duas se envolveram com ele e uma com a outra. No final eles repetiram as mesmas falas.
Depois rolou outra cena curta "Africana" que abria a mostra (?), que particularmente detestei. Faltava espíritos nos atores, que ali sacudiam o corpo aleatóriamente, pensando ter encorporado o espírito africano. Levantei antes do fim. Reencontrei algumas pessoas na porta, e com estas mesmas peguei uma carona pro Martin Cererê, onde a Dani me aguardava. O show do Umbando foi perfeito... noite ótima!

acho que vou pra Goiás amanhã. eba!

quinta-feira, setembro 15, 2005

OS SEM
Talvez os sem amor invadam os corações alheios e suguem até a última gota.
Os cofres dos bancos serão arrombados pelos sem-dinheiro. As casas de praia serão tomadas pelos sem-casa-de-praia. As universidades cairão nas mãos do sem-escola.
Nenhum supermercado será perdoado.
Haverá um histórico conflito armado entre os com-doença e os com-fome. Os sem-fundos avançarão sobre os sem-débitos.
Uma grande revolta abalará os sem-propina.
Os sem-emprego marcharão sobre as cidades afugentando os com-emprego - que então se tornarão os novos sem... Juntos tomarão as fábricas criando assim o movimento dos patrõs denominados sem-fábrica. Os sem-fome criarão problemas para os sem-barriga.
O caos reinará.
Surgirão os sem-nada.
Os céus se abrirão, e deles virão os sem-céu, que são anjos banidos da sociedade dos anjos.
O fogo queimará os sem-vergonha.
A água apagará o fogo e surgirá um movimento novo chamado os sem-fogos, que será encapado pelos sem-potência e pelos sem-ereção.
Os sem-Deus entrarão em revolta.
Os sem-próximo arruinarão os sem-ninguém.
Todo o celular estará sujeito a ser tomado pelos sem-celular.
E não haverá juízo final, por causa do movimento dos sem-Juízo-Final.

segunda-feira, maio 16, 2005

Encontro-me,
nalgum lugar do cosmo, perdida em um universo literário. Dentro de uma pequena biblioteca, de uma pequena faculdade, em uma pequena cidade.
encontro-me.

Ou perco-me? num encontro comigo mesma, depois de tanto procurar...

Me sentindo sozinha, navegando por aí. Me sentindo pequenininha, uma formiguinha.

vixi, que coisa heim?

domingo, maio 08, 2005

que máximo!

de quinta pra sexta eu dormi no acampamento dos sem-terra, foi uma experiência marcante para mim. Já aqui posso dizer (porque quando achamos que um movimento é válido, devemos mostrar o lado bonito para as pessoas, ainda mais quando elas só enxergam o lado ruim) que não acho que o mst seja 100% puro, que não existam pessoas interessadas em outros fins, que não existam pontos negativos.. não sou tão inocente assim. Mas eu acho o movimento muito válido, e que a maioria daquelas pessoas (frente de canhão) estão lutando com todas as suas forças por uma causa justa e bonita.
que elas são do caramba. como euclides da cunha retrata em "os sertões", esses sertanejos de aparência fraca, corcunda, mirrada... como homens fortes, guerreiros, que adentram sertões e conseguem se virar, eles são assim.

a questão que deu um nó em minha cabeça, e foi paradoxal demais pra mim, foi o ônibus vila esperança. Onde só tinham pessoas estagnadas, homens que venderam seus sonhos para pagar suas dívidas no banco, homens sem esperanças... que enchem a boca de razão para reclamar os minutos perdidos porque outros que estavam marchando atrapalharam o trânsito (ó consciência, permita-me não ser cética ao ponto de achar que alguém que morrer na contra-mão vai estar atrapalhando o trânsito).. e lá foram estavam aqueles, se equilibrando em pé, em um passo seguido de outro (que pouco a pouco percorrem um destino) cheios de esperanças e de sonhos querendo se realizar.

dentro daquele ônibus minha cabeça dava voltas de 360graus sei lá a que velocidade..
logo, vamos descendo desse ápse e vendo que o buraco é mais em baixo, isso é realmente triste.

quarta-feira, março 30, 2005

vou postar um troço enorme.
te prepara, bandido.

quem quer entrar pro clubinho do livro?
despretensão...
autores manjados...
a solução praqueles livros que tão ae na sua casa e que nunca foram lidos porque a escola não mandou!

eu tô estranha, com uma espécie de falta de ar no peito.
não no pulmão, tipo no coração (ó!)
toda hora meu olho enche d'água.
tá ruim e tá estranho.

eu queria falar dessa coisa de música melancólica e do sentimento q a gente sente quando eisshcuta.
é bão ficar triste??
é tristeza isso??
é uma tristeza bonita???

é brega, é clichêzão, é um troço de louco, nuuuunca pus coisa parecida com isso nesse blog, mas...preciso dum amor.

receba essas frô,
se lembra do meu amô,
jurupeia,
bengalim,
manguça.

quase um tropeço... hein, passo curto?

uma explosão de libido, dança pra cá, dança pra lá.

a gripe chegando, preguiça...
torta de legumes, delícia...
lambidinha nos beiço, malícia...
feminino de patrício, patrícia.

pego meu controle remoto e vou passear com meu amigo de papelão (carcaça, só.)...que te manda beijos...ah...beijos de papelão... uhh... aproveita não, garoto. :D

eu não acho
- eu não acho inteligente o biquinho que a marília gabriela faz qdo escuta os outros.
- eu não acho engraçado "a praça é nossa".
- eu não acho que seja capaz de pular uma grade alta.
- eu não acho minha vida saudável.
- eu não acho.

Esperava a passarinhada passar, pirueta mais ousada no assobio de vento.

eu não curto mangá
Eu acho muitíssimo bem feito, a noção de proporção que o pessoal tem é absurda, tudo é muito bonito, mesmo. Só que não me entra na cabeça essa coisa de você estudar pra desenhar um troço igual. Quem discorda e entende mais do pouco que eu entendo, pode até dizer que eu sou besta, que existem não sei quantas variações dentro do estilo, que cada um tem seu jeito... Mas... ié, finco o pé. Eu não curto mangá.

alguém me ajuda?
isso pode ser coisa de gente atoa, e atormenta mentalmente.
enfraquecida por um vírus invasor.
alguém que não foi trabalhar, e desde uns 12hrs que deixou esse brogui aberto, e toda hora senta aqui e digita algum merdinha. putzzz, e já são 15hrs.. três horas de besteirol, mas longo que o big brohter! viu só?

fiz uma música agora:
"chuva, foi embooora...
o sol já tá quentinho...
veeem sol!
tira fora essa gripe chata!"

¨eu acho que alguém aqui pirou.¨

decido, já chega!

quarta-feira, março 09, 2005

respiración jadeante...

tá parecendo que o filme (nesse caso a vida) tá passando acelerado,
como se eu alguém tivesse apertado o FF para os acontecimentos desesperadamente acelerados não esperarem por uma poeira intácta do passado.
na tela dessa tevê estão passando muitos flash de imagens ao mesmo tempo. umas são doces e outras amargas, umas coloridas e outras ofuscadas... mas todas fazem parte de mim.

paja!